sexta-feira, 20 de junho de 2014

Que ecoe o bem

Celebro o amor e elejo um pensamento bom por dia. Percebo a força que palavras doces têm. E sei que o que recebo é sempre um eco. 
[Marla de Queiroz]

Suporte a dor

Recolhe os cacos dessa paixão cheia de cor e, antes que desbote, faz um alicerce forte. Ergue uma parede que suporte todo o peso de sua dor. 
[André Gonçalves]

Fechamos os olhos para garantir a memória da memória.


Não há quem não feche os olhos ao cantar a música favorita. Não há quem não feche os olhos ao beijar, não há quem não feche os olhos ao abraçar. Fechamos os olhos para garantir a memória da memória. É ali que a vida entra e perdura, naquela escuridão mínima, no avesso das pálpebras. Concentramo-nos para segurar a dispersão, para segurar a barca ao calor do remo. O rosto é uma estrutura perfeita do silêncio. Os cílios se mexem como pedais da memória. Experimenta-se uma vez mais aquilo que não era possível. Viver é boiar, recordar é nadar.
[Fabrício Carpinejar]

Quanto você sabe sobre o amor?

O quanto você sabe do amor não depende de quantos manuais já leu ou de quantos poetas conhece. Depende de quanta doçura cabe naqueles olhos. De quanta segurança há naquele abraço, de quanta pressa tem o seu coração em bater quando ele(a) chega, mesmo que essa cena já tenha se repetido um milhão de vezes.
Depende da sua capacidade de enxergar a beleza por trás do rosto inchado de quem acabou de acordar, das unhas por fazer de quem não conseguiu ir à manicure. Depende de quantas vezes você sorri com uma lembrança, e do quanto imbecil se sente ao constatar que ainda se lembra da roupa que vestia no primeiro encontro.
Depende de quantas vezes você já desistiu. Amar é, muitas vezes, desistir. Desistir de cobrar, desistir de magoar, desistir de insistir. O quanto você sabe do amor não depende de quantos significados você já decorou – ele tem um significado que é só seu. Depende de quantos finais de semana, em casa, já foram os melhores de todos. De quantas vezes você se surpreendeu. E riu, e chorou, e enlouqueceu, e partiu, mas sempre voltou. Depende de quantas vezes você já se apaixonou pelo mesmo sorriso, pela mesma voz cansada ao telefone, pelo mesmo abraço noturno, pela mesma mão carinhosa.
O saber do amor não depende da arrogância do conhecer, não depende de sabedoria ou sapiência. Depende de quantas vezes você já se identificou com todas as canções de amor do universo. É que quando se ama, tudo faz todo o sentido.
Depende do quanto você se sente livre e seguro ao mesmo tempo. Do quanto você vive o amor e planta o amor – depende, pura e simplesmente, do quanto você sabe amar, por mais cafona que isso pareça.

[Nathalí Macedo]

Aprendi e continuo aprendendo

Aprendi que a humildade mora em corações alados que não carregam o peso do orgulho. Que respeito é par constante da admiração. E que só a generosidade é capaz de descongelar sentimentos frios. 
[Renata Fagundes]

Dá pra ser feliz


A gente entende que o que os outros pensam ao nosso respeito não nos diz respeito. E a gente entende, sobretudo, quanta beleza há em estar confortável. Na cara lavada, nos pés no chão, nas roupas menos justas (e não menos sexys), no corpo de quem se cuida sem esquecer – nem por um segundo – de ser feliz. E que o que importa nessa vida é cuidar da gente e de quem cuida da gente. Que dá pra sair sem protetor solar de vez em quando. Dá pra assumir o cabelo natural. Dá pra usar chinelo de dedo. Dá. [...] Dá pra viver, reviver, começar tudo de novo. Dá pra amar, dá pra sonhar. Dá pra ser feliz. 
[Nathalí Macedo]

Só precisa ser sincero



Não mereço uma pessoa que não sabe o que quer. Mereço certezas. Mereço que seja recíproco. Não quero alguém que me bajule o tempo todo. Não precisa abrir porta de carro, oferecer diamantes, pagar o jantar. Só precisa ser sincero. E real. E, principalmente, se entregar por inteiro. Porque não estou aqui para receber metade de nada. 


[Clarissa Corrêa]

Me deseja uma coisa bem bonita...


Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que me faça acreditar em tudo outra vez, que me leve para longe da minha boca este gosto podre de fracasso.

[Caio Fernando Abreu]

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Prenez soin de vous




Então, cuide bem de você. Do que você sente, do que você faz, do que você vê e agrega. Cuide dos seus, avalie a sua importância. Tome conta de si, reajuste – se, pergunte - se. Inclua o necessário, desligue o menos importante. Abra mão quando for preciso. Aumente a beleza do verbo permanecer. Descuidos são nocivos. Ligeirezas arranham.

[Priscila Rôde]

Saudade

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas... Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

[Martha Medeiros]