sábado, 7 de agosto de 2010

Hoje sei que não vivo sem ti


Engraçado como, inconscientemente, o coração, a mente ou sei lá o quê, tenta suprir a vontade quando esta não pode ser saciada. Hoje é tão cômico lembrar do que aconteceu. De como eu me esforçava tanto pra acreditar que a falta que eu sentia das conversas eram apenas buracos que podiam ser preenchidos com rápidos diálogos com conhecidos de conhecidos de conhecidos... Ou com qualquer troca de olhares na hora certa e não necessariamente com a pessoa certa.
Mas eu confesso que, por vezes, fui covarde. Guardei o que sentia por medo. Medo de perder uma amizade bonita, ou o que restava dela. Eu me fazia de insensível e inabalável, fingia que teus olhos eram só mais um par de olhos pretos e que teu sorriso era só mais um sorriso... Mas todas as vezes que eu arranjava um motivo (por menor que fosse), eu te ligava. Quando me faltava um sorriso, eu sentava do teu lado. Quando eu pensava num cara bacana, com quem valeria a pena dividir sorrisos e abraços, medos e certezas, perdas e vitórias era em ti que eu pensava. Mas sabe qual a verdade? Eu fiz de tudo pra acreditar que você não era o homem da minha vida.
Eu não tive coragem de assumir pra mim, que já te amava ali naquela manhã de sol, na praia, abraçada à tua cintura, com um aperto imenso em ver o que via e arrependida por eu mesma ter causado aquilo. Mas agora é risada e eu sei. Porque depois de tantos motivos, não há nada mais justo que a felicidade simples. O que me importa são os momentos felizes que estão por vir. O que me importa é o presente, é te fazer feliz... O que me importa é viver ao teu lado. E desejo que a cada dia emaranhemo-nos ainda mais no que nos une. Que conversemos com nossas bocas grudadas e nossos olhos aprendam cada vez mais a falar uns com os outros.
Eu podia ter continuado por aí, esperando e recebendo ligações cheias de segundas intenções que culminariam em noites pela cidade, beijos vazios e dariam em nada. Podia ter andado pra longe, pra não enxergar você em cada parada minha, cada vez que a razão me mostrava o que eu sentia por você. Poderia ter continuado com a vida mesquinha que eu levava, pra não pensar, pra não sentir, pra não sofrer. Eu podia ter sido covarde por mais três anos, e mais três, e mais três, pra sempre. Mas a tua coragem me sacudiu pelos ombros, abriu melhos olhos e me fez enxergar o que eu tanto quis esconder: a paz e a calmaria, a felicidade, o amor e a escolha certa e estavam guardadas, pra mim, em você.
Eu que senti tanto medo em perder o meu melhor amigo, hoje sei que não vivo sem ti.

[Vanessa Moreira]


PS.I: Meu coração pula de alegria quando, às vesperas dos dias 8, tu me perguntas fazendo mãnha se eu sei quantos anos e meses fazemos.
PS.II: Eu te amo em cada pequena coisa, que pra mim são grandes.

Um comentário:

  1. Pra mim
    este é um dos textos mais
    lindos que vc já escreveu!

    Qual é o genero? ficção?

    Brincadeirinha vida!

    B! Aquilo naum foi coragem, foi desespero de minh'alma.

    Que percebeu que sem ti...

    Naum daaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

    Bjos lbcvm!!!

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