quinta-feira, 13 de maio de 2010

Não havia melhor esconderijo...


Amigo leal e pontual de uma menina, amigo inseparável, não tinha jeito: queria namorá-lo. Não conseguia parar o corpo. O amor aparecia como compreensão inteira, dedicada. (...) Percebia o amor como um segredo desde a escola. Um amigo secreto. Guardava-se uma paixão com coração e iniciais, sorrateiramente, na última página do caderno de matemática. Não era assim?

Escondia o amor dentro da amizade. Não havia melhor esconderijo.

[Fabrício Carpinejar]

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