quinta-feira, 17 de junho de 2010

E-Fólio Práticas Pedagógicas II


Cursando o 4º período do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão e matriculada na disciplina de Práticas Pedagógicas II, fui desafiada pela titular da disciplina, Profª. Drª. Andrea Linard, a realizar pesquisa observacional em curso Técnico de Enfermagem e posterior criação de portfólio do referido estudo. O portfólio a ser criado deveria conter características do autor, algo que o identificasse como seu - não somente o nome - mas deveria haver traços da personalidade do autor.
Decidi, então, inseri-lo naquilo que gosto: AQUI!


Pois bem, a única diferença conceitual entre o portfólio tradicional (de papel) e o portfólio eletrônico é o recipiente. Em lugar de colocar as impressões acerca de algo em pastas, o aluno os reúne e organiza, utilizando tecnologias eletrônicas (BARRETT, 2005, p.5). São muitos os benefícios, incluindo: mais interação entre alunos e tutores ou professores, maior acesso se o software utilizado é baseado em internet ou rede (QUEBEC, 2002, p. 8, p. 21; TOSH e WERDMULLER, 2004, p. 3), facilidade de conservar os artefatos de um ciclo escolar para outro, facilidade de transporte, possibilidade de criar hiperlinks entre documentos (QUEBEC, 2002, p. 22; BARRETT, 2005, p.5) e a melhora da qualidade de trabalho, já que o aluno fica mais consciente ao saber que seu portfólio pode ser visto e avaliado por várias pessoas (NIGUIDULA et al., 2005, p. 5).

Mas vamos ao que realmente interessa...

(Click nas imagens para ampliá-las)

Nos dias 14 e 21. 05. 2010, às 14:00 horas, realizei visita, juntamente com os colegas Thaiza Noronha e Anderson Pereira, à uma um curso técnico em Enfermagem. A proposta da visita era observar a dinâmica de uma aula em nível técnico, o conteúdo abordado, o feedback dos alunos e as condições físicas do ambiente. Para tal nos utilizamos de Fichas de Observação (que seguem abaixo).

(Click nas imagens para ampliá-las)


No dia 14.05, pude assistir uma aula de Psicologia e Ética - que almejava discutir o conceito de psicologia e como utilizar-se dela junto à ética para lidar com pessoas. A superficialidade da área é evidente, devido sobretudo ao pouco tempo que se tem para a disciplina, além da ausência de recursos multimídia. A docente utilizou apenas o quadro, resumindo em tópicos do assunto abordado em aula. A tendência pedagógica utilizada foi a tradicional.

(Click nas imagens para ampliá-las)

Os alunos, por diversas vezes, se mantinham dispersos durante a aula e interrompiam a mesma com celulares. Houve constante entrada e saída da sala de aula, conversas paralelas e até mesmo discussões entre alunos (que não levaram em conta a presença da professora em sala de aula). A aula gravitou em torno de alguns questionamentos feitos pelo professor, os alunos por sua vez não se mostravam interessados em responder e quando o faziam, utilizavam-se de uma linguagem coloquial (rica em gírias), não demonstrando embasamento teórico.

(Click nas imagens para ampliá-las)

No dia 21.05 a aula acompanhada foi a de Saúde Mental cujo objetivo era conhecer os diversos tipos de transtornos neurológicos, como Anorexia Nervosa, Esquizofrenia, TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), Distúrbios Emocionais e Psicopatia, e relacionar os cuidados com o papel do enfermeiro. De modo igual a aula anterior, a tendência pedagógica utilizada foi a tradicional, entretanto nesta aula a professora tenha utilizado recursos multimídia (noteebook e datashow). De igual modo, foi observada constante entrada e saída de sala, bem como celulares atrapalhando a aula.

(Click nas imagens para ampliá-las)

As dependências da instituição são muito bem conservadas, disponibiliza laboratórios de informática e rede Wi-Fi gratuita. Salas climatizadas, cadeiras com assentos acolchoados e em quantidade suficiente e iluminação propícia. Banheiros com ótimas condições de higiene, presença de adaptações para deficientes físicos e com estoque de sabão e papel higiênico. A cantina possui boas instalações, é organizada, possui mesas e cadeiras limpas e um aparelho de televisão.

Somos, enquanto acadêmicos de graduação, intigados constantemente a realizar mudança no meio em que estamos inseridos - configurando-nos assim como agentes de mudança da realidade. A mais gritante diferença vista nas visitas é justamente essa: enquanto somos instruídos quanto a importância do senso crítico e da sua utilização nas atividades encubidas ao enfermeiro, os profissionais de nível técnico são ensinados a reproduzir técnicas.
A experiência foi bastante válida. E a observação me propiciou rever alguns conceitos e reafirmar outros - conceitos sobre os quais prefiro não me pronunciar (não aqui e não agora).


[Vanessa Moreira]

Nenhum comentário:

Postar um comentário