quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ando tão...


Hoje, o dia pode não ter sido bom, mas amanhã será outro mar.
E eu estarei lá na beira da praia de novo.

(Ana Jácomo)

Ando tão cansada... Cansada da rotina, dos livros, das práticas, da falta de tempo, das pessoas chatas, de ter que tolerar o que eu não gosto, de fazer coisas que eu não quero, de não repor noites mal dormidas.
Ando tão preocupada... Preocupada com as provas, os livros, as práticas, comigo, com as minhas reações, com o meu cansaço, com o tempo, com a falta de tempo.
Ando tão pensativa... Pensando no dia de amanhã, no mês que vem... Pensando que isso tudo pode ter sido escolha minha, que posso está sendo covarde demais, pensando no que poderia ser se..., no que eu faria se..., em onde eu estaria se...
Ando me martirizando tanto... Martirizando com a possibilidade de tudo ter sido escolha minha, com a minha covardia, com os "se" e com a falta de respostas pra eles.
Ando tão esperançosa... Esperançosa de que em um desses dias eu encoste minha cabeça no travesseiro, feche os olhos e quando eu acordar todo o cansaço, preocupações e martírio terão ido embora.

[Vanessa Moreira]

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Talvez vento, talvez mar...


(...) sou terrivelmente instável e entender
minhas reações é coisa que às vezes nem
eu mesmo consigo.

(Caio Fernando Abreu)

Acho tão engraçado quando meus amigos me intitulam meiga, doce, serena... Qual o motivo de ser engraçado? Eu não me sinto assim, oras. Não me vejo assim. Do turbilhão de sentimentos e de ações e reações que ocorrem dentro de mim, essas características, esses adjetivos não vejo presentes em mim.
Tá certo que alguns dias (quase sempre) deixo o que há dentro de mim aflorar. Quer seja felicidade, quer seja indignação, tristeza, esperança... E mostro, e demonstro e deixo que os outros vejam. Mas não sou serena, não sou meiga, nem doce. Talvez vento, talvez mar... Ora brisa, ora furacão. Ora calmaria, ora maremoto.
Alguns já disseram que pelo fato de eu ter nascido entre os dias 23 de outubro e 21 de novembro, sou uma escorpiana das mais ferrenhas que existe:

"Ela é capaz de odiar amargamente e de amar com tamanha dedicação. Para ela não existe o meio termo: ou ama ou odeia! Se algo não for capaz de despertar nenhum destes sentimentos, então ela ignora totalmente. Não existe fúria igual a da escorpiana quando perde o controle das emoções que queimam dentro dela como um vulcão. Ela não é do tipo de mulher que conhece limites quando é tirada do sério. Esta mulher pode esquecer facilmente tudo que fizeram de bom para ela, mas não esquece um único mal que tenha recebido. Ela se lembrará de todos os amigos e será muito generosa com eles, e com todos que ama. São muito fiéis e devotadas. Esta mulher fará de tudo para que o amor que sente pelo parceiro aumente cada dia, e não medirá esforços para fazê-lo feliz. A sua maneira ela será romântica, ora portando-se como uma menininha manhosa, ora como uma mulher fatal. Quando ela resolve que encontrou a pessoa certa, não pensa duas vezes em entregar seu coração. Ela sonhará com o amado, fará planos para o futuro e ocupará a maior parte do tempo falando sobre suas qualidades, com as amigas. Ao conquista-la, saiba que terá tudo: seu amor, dedicação e fidelidade irrestrita!"

Algumas dessas características me servem muito bem (por um acaso qualquer), já outras não vejo como minhas. Fato é que não acredito em horóscopo, astrologia ou qualquer outra teoria que tente classificar pessoas tomando como base a data em que nasceram. Não me rotulem como a escorpiana, como a garota meiga e doce porque eu realmente não sou.
Prazer, meu nome é Vanessa, tenho 20 anos, gosto muito de escrever, tenho sonhos, uma família maravilhosa, amo meu namorado e às vezes nem eu mesma me entendo.

[Vanessa Moreira]

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Não havia melhor esconderijo...


Amigo leal e pontual de uma menina, amigo inseparável, não tinha jeito: queria namorá-lo. Não conseguia parar o corpo. O amor aparecia como compreensão inteira, dedicada. (...) Percebia o amor como um segredo desde a escola. Um amigo secreto. Guardava-se uma paixão com coração e iniciais, sorrateiramente, na última página do caderno de matemática. Não era assim?

Escondia o amor dentro da amizade. Não havia melhor esconderijo.

[Fabrício Carpinejar]

Pára relógio, pára!


E da próxima vez que a gente se encontrar,
vou pedir pro relógio do mundo dar uma descansadinha,
só pra esticar esse tempo de abraço que faz graça no meu peito.

[Vanessa Leonardi]

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Só faltou ele aqui...


Amar é pra poucos. Mas você ou a vida ou sei lá o que: insiste. E só resta rir que nem quando se vê um bebê desses bem fofinhos e lindo. Você ri. Vai fazer o quê? É o milagre maravilhoso . Os outros te veem como brega. E você fica cheia de medo e cheia de vontade de contar tantas coisas, coisas que você nem sabe se o outro vai querer ouvir, se vai gostar... Muito amor.
Você sente a felicidade em estar tranquila, em empenhar-se para fazê-lo sorrir. E sela um pacto de paz com o mundo. Deseja não afastar-se do outro. E as coisas mais chatas do dia, perdem o tom cinza-quase-preto, passando a ser um pouco mais coloridos. A professora chata já nem é tão chata assim. As preocupações com trabalhos e provas já não te fazer ter dor de cabeça o dia todo (digamos que só durante metade dele). Pois é, as chatices do dia até que tem solução. E o que dizer aos outros? Não precisa dizer nada, teus olhos podem fazer isso por você. Eles dirão: Olha, é amor! É amor.
Amar é dar o que não se tem, o que nunca foi seu. Amar é ter vertigem com os pés no chão e mesmo assim querer voar. Amar é te ver nas poesias que leio, nas coisas bonitas que vejo e nas músicas que ouço...

Por que você não sai de trás da nuvem?
Pro mar ficar mais lindo, só falta você
A minh'alma fica mais tranqüila
A vida harmoniza quando vejo você
(Armandinho - Analua)

É tudo que pode sair do controle. É meu corpo caindo. E as almofadas de várias cores á em baixo pra me dizer que pode dar certo. Que tem dado certo. Amar é a minha oração de todos os dias pra que continue dando certo.

[Vanessa Moreira]

PS.I: E como diz o fim da música "Pô, só faltou ele aqui!"
PS.II: Eu sei que você não gosta do Armandinho, que não gosta da maioria das músicas melosas que eu ouço... Mas é que eu gostaria de ter dito primeiro o que ele transformou em canção.

Nos reconhecemos


E eu tenho uma imensa vontade de segurar seu rosto bem juntinho do meu e desejar que jamais nos percamos e sejamos felizes. E que entendamos que temos tudo o que duas pessoas precisam para serem felizes: a gente dá muitas risadas juntos. Admiramos um ao outro desde o dedinho do pé até onde cada um chegou sozinho. Achamos que o mundo está louco e sonha com sonos jamais despertados antes do meio-dia. Temos certeza de que nenhum perfume de todo o mundo é melhor do que a nuca do outro no final do dia. Nos reconhecemos. Não sei se quando nos vimos pela primeira pela segunda, pela terceira vez... Só sei que nos reconhecemos!

[Vanessa Moreira]

Sem saber como...


Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio, ou flechas de cravos que atiram chamas. Te amo (...) secretamente, entre a sombra e a alma. Eu te amo sem saber como, nem quando e nem onde. Te amo simplesmente, sem complicações nem orgulho. Assim te amo porque não conheço outra maneira. Tão profundamente que a tua mão no meu peito é a minha. Tão profundamente que quando fecho os olhos, contigo eu sonho. É assim que te amo e nada mais me importa.

(Patch Adams - O amor é contagioso)